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Aprendizagem imersiva vai além da tecnologia e reflete a experiência da criança

Imaginação e interação colocam aluno como protagonista do aprendizado e geram mais conexão com conteúdo

Ao pensar em aprendizagem imersiva, possivelmente imaginamos uma pessoa cercada por algo tecnológico. Mas essa metodologia não se caracteriza somente pelo uso de ferramentas ou situações envolvendo tecnologia.  Além de possibilidades como e-learning e adoção de realidades virtuais e artificiais, aprender com estudos de casos, storytellings, desafios e roleplay (ou interpretação de papéis) também são exemplos desse formato de aprendizado.

Por exemplo, quando o estudante se imagina dentro de uma história ou executa uma função para solucionar um problema, interage com colegas ou o material que ele tem no momento, essa experiência de simulação gera não só interesse, mas engajamento e autonomia.

A imersão acontece pela participação ativa do aluno e que hoje há equipamentos que estimulam essa imersividade, como a Mesinha Digital, que facilitam o uso da imaginação e estimulam a participação ativa da criança.

Isso acontece por características importantes, por exemplo, a interação tátil e multissensorial pelo toque direto, permitindo que as crianças manipulem objetos e elementos na tela, como imagens ou sons. Há ainda a personalização das atividades que são adaptadas a cada nível de aprendizado e interesses individuais das crianças. Outro ponto são os elementos lúdicos e visuais atraentes com gráficos coloridos, personagens cativantes e elementos interativos, que estimulam a curiosidade e o interesse, incentivando a exploração.

É importante destacar a complementaridade do uso do equipamento para o comportamento da criança por meio de atividades colaborativas que promovem a comunicação, o trabalho em equipe e a cooperação; a variedade de atividades educacionais; e o desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas, como resolução de problemas e pensamento crítico

São muitos recursos, incluindo legendas, áudiodescrição, interatividade touchscreen e a capacidade de se conectar a dispositivos como fones de ouvido, microfone e teclado, proporcionando uma experiência completa, acessível e que mantém a atenção da criança, que aprende enquanto se diverte.

Para a Dra. Maracelis Abilhoa da Rocha, do Centro Terapêutico Avançado, de Curitiba (PR), a mesinha digital proporciona essa imersão pelas atividades e tem potencializado os atendimentos, que ficam mais interessantes, envolventes, além de personalizados para cada criança. “Fazemos atividades de pintura, de escuta, de história, de música, de jogos, de memória, de escrita. Todas as crianças conseguem usar. É um recurso a mais, uma atividade prazerosa”, afirma.

Comportamento e complementaridade com a gamificação

Do ponto de vista pedagógico, ainda que a aprendizagem imersiva amplia a empatia e o engajamento das crianças sobre o conteúdo que estão tendo contato. Segundo a profissional, o senso de presença e participação ativa é um componente fundamental nesse processo.

Ao vivenciar virtualmente diferentes contextos, personagens e cenários, as crianças desenvolvem uma compreensão mais profunda das situações apresentadas, o que estimula a empatia ao se identificarem com os elementos da história. Elas sentem que estão interagindo diretamente com o conteúdo, tornando-se protagonistas da própria aprendizagem, o que aumenta a motivação para explorar e compreender o conteúdo de maneira mais completa.

Apesar de semelhantes, vale ressaltar que existem diferenças entre a aprendizagem imersiva e a gamificação, o que faz as duas metodologias serem complementares.

Vale pontuar que a aprendizagem imersiva envolve mergulhar os alunos em experiências realistas e interessantes, fazendo com que se sintam parte do conteúdo. Já a gamificação usa elementos de jogos, como desafios e recompensas. Enquanto a imersão busca criar uma conexão emocional profunda, a gamificação foca na competição e no alcance de objetivos. Ambas as abordagens podem ser combinadas para enriquecer a experiência do aprendizado.

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