Blog

Conheça os benefícios da gamificação na sala de aula

Jogos e atividades interativas estimulam curiosidade e empatia, além de tornarem o aprendizado mais eficiente e fácil

Engana-se quem pensa que jogos e estudos não combinam. Aliás, a estimativa é de que a gamificação no ensino tenha um crescimento de 15,4% até 2024. Os dados são do relatório “The 2019-2024 Global Game-based Learning Market”, da Metaari, empresa de pesquisa de mercado que identifica oportunidades para fornecedores de tecnologia de aprendizagem.

As razões para esse crescimento incluem o fato da gamificação ter se mostrado uma estratégia eficaz para aumentar a motivação e o engajamento dos alunos, além de facilitar a assimilação do conteúdo, tornando o ensino mais efetivo e duradouro.

E entre os equipamentos que possibilitam isso estão as Mesinhas Digitais. Interativas, elas têm tecnologia touch e reconhecem, por exemplo, o toque humano, além de objetos de plástico, pincel, feltro, entre outros. Com elementos visuais de fácil compreensão, o dispositivo oferece atividades como jogos com diferentes níveis de aprendizado, entre outras possibilidades.

Esses recursos desempenham um papel fundamental no desenvolvimento em sala de aula, tornando o processo mais envolvente, motivador e eficiente para as crianças. Ao transformar as atividades educacionais em jogos interativos, como por exemplo, com a metodologia de gamificação, estimula-se o interesse, a curiosidade e a vontade do aluno de participar das atividades propostas. Elementos como desafios, recompensas, rankings, conquistas e níveis criam uma atmosfera divertida, o que promove o engajamento e a concentração.

Além disso, a dinâmica dos jogos possibilita a superação de obstáculos e a conquista gradual de habilidades e conhecimentos, o que contribui para o sentimento de progresso e autossuperação. Ela ainda chama atenção para o fato de que, através dessas atividades, a criança pode se colocar no lugar de personagens, resolver desafios e vivenciar situações do mundo real, o que estimula a empatia e a compreensão das emoções e perspectivas dos outros.

Outro benefício é o estímulo à colaboração e ao trabalho em equipe. Muitos jogos educacionais são projetados para serem jogados em grupo, o que favorece a interação social e a troca de ideias entre os alunos. A aprendizagem vira uma experiência mais prazerosa e significativa, favorecendo a construção do conhecimento, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e a formação de estudantes mais engajados e motivados.

Do design ao play, na sala de aula e em casa

Por serem um produto educacional, as atividades das Mesinhas Digitais são desenvolvidas e implantadas com base em uma abordagem cuidadosa e planejada. O processo envolve algumas etapas importantes.

A primeira, de design e planejamento, tem uma equipe multidisciplinar, composta por pedagogos, designers e programadores. Eles definem os objetivos de aprendizagem específicos de cada atividade, o público-alvo e os conteúdos que serão abordados, todos alinhados cuidadosamente com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Em seguida vem a fase de criação de narrativas e desafios feitos sempre buscando construções envolventes e desafios progressivos, com superação de obstáculos. Depois disso, são inseridos os elementos de gamificação como pontuações, níveis , conquistas e propostas de recompensas, para incentivar a participação dos estudantes e estimular a competitividade saudável.

Há ainda a fase de personalização e adaptabilidade, para que cada atividade consiga ser ajustada às habilidades e progresso de cada aluno, posteriormente, são elaborados planos de aulas e manuais pedagógicos para incentivar as práticas pedagógicas, por último vem a etapa de implantação nas mesinhas.

Estando pronto para uso, é importante dosar o tempo e os tipos de jogos, sempre de forma adequada a cada faixa etária, considerando as recomendações de especialistas em educação e saúde infantil, bem como as diretrizes pedagógicas das instituições educacionais.

Para crianças de 3 a 6 anos, é indicado oferecer atividades mais simples e lúdicas, que estimulem o desenvolvimento cognitivo, motor e socioemocional, como jogos de memória, quebra-cabeças, atividades de cores, formas e histórias interativas.

Já para crianças de 7 a 12 anos, é possível introduzir atividades que trabalham outras habilidades, como jogos de matemática, língua portuguesa, ciências e resolução de problemas. Também é importante incentivar a imaginação através de jogos de construção e criação.

Veridiana Pruchaki, diretora da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Agudos do Sul, tem visto de perto a utilidade da Mesinha Digital em sala de aula. “É uma ferramenta excelente, porque a gente consegue desenvolver várias questões com nossos alunos, não só a educacional. Conseguimos ter uma interação com os estudantes, principalmente com os nossos autistas, estabelecer vínculos além das questões da alfabetização. Chama muito a atenção deles e conseguimos propor diversas tarefas diferenciadas”, conta. A instituição atende mais de 90 alunos com deficiência intelectual, autismo, paralisia cerebral e síndromes raras.

Independentemente da idade da criança, ressalta-se que o tempo de uso dos jogos e atividades digitais também deve ser monitorado, evitando excessos e equilibrando com outras atividades físicas e sociais. Nesse sentido, não apenas os educadores, mas os pais também podem auxiliar no processo de gamificação e no tempo livre e de estudos das crianças em casa de várias formas, entre elas participando das atividades e conversando sobre os aprendizados. Com uma abordagem equilibrada e envolvimento dos pais, a gamificação pode se tornar uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento das crianças também em casa.

.