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Ferramentas digitais impulsionam alfabetização e desenvolvimento escolar

Aprendizado multissensorial, recursos interativos e personalização integram principais benefícios

Segundo o último Alfabetiza Brasil, apenas quatro em cada 10 crianças estão devidamente alfabetizadas no país. A pesquisa, divulgada em maio pelo Ministério da Educação, demonstrou ainda uma queda em relação a 2019, indo de 60,3% para 43,6% das crianças.

Além dos investimentos sinalizados pelo governo para mudar o cenário na educação do país, a tecnologia também pode ser uma grande aliada no processo da alfabetização.

A empresa Quinyx, que fornece produtos de tecnologia educacional, possui ferramentas como a Mesinha Digital que desempenham um papel significativo na alfabetização de crianças, oferecendo abordagens interativas e envolventes.

Entre os benefícios, ela destaca aprendizado multissensorial, interatividade lúdica, personalização do processo, feedback imediato, associação visual e fonética, desenvolvimento da coordenação motora, expansão do vocabulário, preparação para leitura e escrita, acesso a recursos diversificados e motivação para aprender.

Combinando elementos visuais, auditivos e táteis, os equipamentos reforçam a associação entre letras, sons e formas, ao mesmo tempo que a base lúdica das atividades cativa a atenção das crianças. Além disso, as ferramentas digitais podem ser adaptadas às necessidades individuais, e oferecem recursos como histórias, jogos e quebra-cabeças. Tudo isso enriquece a experiência de aprendizado das crianças, tornando a alfabetização mais envolvente, interativa e acessível.

Aplicativos como aliados

Para potencializar o uso de ferramentas digitais na sala de aula, as famílias também podem usar aplicativos desenvolvidos especialmente para essa fase. Um deles é o Letrix, no qual as letras do alfabeto são apresentadas de forma aleatória, e é preciso reconhecê-las, identificá-las dentre as opções apresentadas e selecioná-las, para então resgatá-las antes que elas toquem o chão.

Já no Quiz Alfabetização, o mediador pode elaborar perguntas alinhadas ao conteúdo da sala de aula. É possível cadastrar várias perguntas. Há ainda o MemoLetras, um jogo da memória das vogais, que possibilita escolher o nível de dificuldade aumentando o número de cartas.

Sabendo que o uso de telas por crianças é uma preocupação e merece todo cuidado, Liliane explica que a idade recomendada para o uso da Mesinha Digital pode variar dependendo das características específicas do contexto e das habilidades da criança.

Geralmente, a Mesinha Digital é indicada para crianças a partir de três anos de idade. Nessa fase, elas estão começando a desenvolver habilidades motoras finas e coordenação olho-mão, o que lhes permite interagir de forma mais eficaz com a tela sensível ao toque. Sempre é recomendado o uso supervisionado para garantir que a experiência seja segura e apropriada.

E os benefícios também se estendem a crianças já um pouco mais velhas, até mesmo pré-adolescentes, dependendo das atividades e dos aplicativos disponíveis. A executiva afirma que a ferramenta pode ser adaptada com possibilidades educacionais e de entretenimento para várias fases de desenvolvimento. Os pais e educadores podem selecionar conteúdos apropriados para cada faixa etária, focando em atividades que estimulem o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional à medida que as crianças crescem e desenvolvem habilidades de autonomia e discernimento.

É importante reconhecer que cada criança é única e pode ter diferentes necessidades em relação ao tempo de tela para que o uso do equipamento e/ou de aplicativos sejam aliados no processo educativo, potencializando práticas pedagógicas de maneira eficaz e proporcionando um ambiente de aprendizado interativo e significativo.

Ana Cristina, diretora técnica da ANATO Núcleo de Terapia Ocupacional, de Tramandaí (RS), afirma que a experiência com o uso da Mesinha Digital tem sido muito positiva. “Atendemos um público infantojuvenil, em sua grande maioria com muitas limitações e déficits de desenvolvimento. Com aplicativos diversos, a Mesinha nos proporcionou atingir os interesses de todas as crianças e adolescentes que aqui são assistidos”, diz.

Além de aprenderem, ela conta que os alunos se divertem e adquirem habilidades motoras, cognitivas e de socialização. “É um excelente recurso que com certeza traz muito mais qualidade ao trabalho que ofertamos por aqui”, completa.

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